5 de agosto de 2016

Amarre o burro à vontade do dono

Você está conduzindo um projeto que apresenta várias oportunidades de melhoria e sua mente está borbulhando de ideias que podem impulsionar os resultados. De repente você resolve pôr em prática uma dessas ideias para que esse projeto tenha seus resultados alavancados e experimente um refinamento que vai agradar a diretoria.

Você reúne a equipe, traça um plano de ação, monitora as atividades e quando chega num necessário ponto de decisão, leva ao seu superior para aprovação. Ele olha atentamente sua ideia, elogia sua iniciativa e diz que vai analisar a proposta com carinho.

Passam alguns dias e nenhuma resposta. Se você tem liberdade com ele, retorna para pedir um posicionamento e ele informa que ainda está analisando. Mais alguns dias e você percebe que a ideia não vai para frente. Mas o que pode ter dado errado? Como uma ideia tão boa e que hipoteticamente trará mais resultados não foi para frente?

Para quem acha que tenho a resposta, se enganou, mas esse cenário acontece todos os dias em muitas empresas. O recado aqui é que não adianta você se debruçar por preciosas horas em uma ideia ou ação sem antes “pedir a benção” do dono do negócio. Raramente um projeto consegue sucesso sem o patrocínio do responsável pela organização.

Existem aspectos importantes nas empresas que transcendem a simples análise do resultado isolado de um projeto. Há fatores críticos que pesam na decisão da alta direção que envolvem aspectos orçamentários, políticos, sociais, de recursos humanos, de experiências pessoais, dentre outros. Não se deve encarar como uma repressão ou algo pessoal, mas analisar o conjunto de variáveis que podem impactar no seu projeto.

Logicamente uma sucessão de negativas pode denotar algo estranho, mas em geral não é o que ocorre e devemos caminhar, dentro de nossos princípios e valores coadunados com os da empresa, de acordo com o direcionamento da alta direção. Não que não se deva questionar, à vista da necessária transparência na governança de empresas realmente sérias, mas antes de qualquer iniciativa que vá despender horas de sua equipe, obtenha o patrocínio da alta direção.

Fonte: Anderson Paulo - Redial Assessoria Contábil

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