19 de novembro de 2015

A importância da integração tecnológica Cliente-Contador

É notório que atualmente o fisco dispõe de um arsenal de sistemas cada vez mais integrados visando naturalmente realizar auditorias eletrônicas de forma célere e segura para “fisgar” aqueles contribuintes que deixaram de cumprir com obrigações acessórias e recolher os impostos na forma devida, seja a menor ou até mesmo deixando de recolher.

Até pouco tempo atrás, os órgãos das três esferas do governo pautaram suas ações de forma isolada, utilizando processos, sistemas e mecanismos precários e ilhados, de modo que não havia uma integração com os demais e até mesmo dentro do próprio órgão.

Atualmente o cenário é bem diferente à vista especialmente do SPED – Sistema de Escrituração Pública Digital. Esse grande, ambicioso e complexo projeto foi lançado por meio de lei em 2007 dentro do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, envolvendo órgãos das três esferas do governo, Juntas Comerciais, Secretarias de Estado da Fazenda, Secretarias Municipais de Finanças, dentre outros. O objetivo principal era centralizar, integrar e dar segurança às ações de monitoramento e fiscalização das informações prestadas pelos contribuintes.

Passados oito anos, já estão em andamento projetos como a Nota Fiscal Eletrônica, a EFD Contribuições (PIS e COFINS), a ECD (Escrituração Contábil Digital), a ECF (Escrituração Contábil Fiscal), o SPED Fiscal (ICMS), o SPED do Simples e o SPED Social, mais conhecido como e-Social. São um conjunto de complexas e exigentes declarações que estão centralizando as informações num único ambiente e municiando o poder público como nunca antes visto.

Nesse contexto, é óbvio afirmar que cidadãos e especialmente empresas devem acompanhar essa modernização tecnológica que o governo tem adotado, sob pena de precarizar suas informações e se envolver ad eternum às voltas com a malha fina.

É consenso entre especialistas da área contábil, consultores, advogados tributaristas e auditores a necessidade de empresários buscarem a implantação ou refinamento de seus sistemas de gestão, visando à integração das várias áreas da organização, a exemplo de compras, contas a pagar, contas a receber, estoque, RH, planejamento e orçamento, dentre outros.

Na esteira desse cenário, é igualmente fundamental a integração dos processos da empresa com os processos do escritório de contabilidade. Já existem bons sistemas no mercado que aproximam a rotina da empresa com o contador, por meio de importação de toda a movimentação financeira e do plano de contas contábil, que são automaticamente exportados para o sistema Contábil por meio de simples parametrizações.

Costumo chamar esses sistemas de mini ERP (Enterprise Resource Planning) – o famoso Sistema Integrado de Gestão -, pois oferecem possibilidade de gerenciar estoques. contas a pagar, contas a receber, notas fiscais, boletos, vendas, contratos, ordens de serviço, produtos etc., tudo integrado com o escritório de Contabilidade, que também deve dispor de um bom sistema contábil compatível para realização das importações.

E para quem imaginou que são sistemas onerosos, podem ser encontradas boas soluções no mercado para degustar e se ambientar, a exemplo do ContaAzul e do ZeroPaper, a partir de R$ 29,00 ao mês, dependendo do porte e complexidade da empresa. São programas leves, em ambiente web e presentes em aplicativos para dispositivos móveis, que agilizam as rotinas do dia-a-dia, importando o movimento de extratos bancários em ambiente seguro, emitindo alertas, fornecendo relatórios, mitigando riscos e reduzindo custos.

É bom se espertar nessa corrida tecnológica para não ficar para trás, caso contrário dentro de pouco tempo será uma disputa de uma Ferrari (Governo) contra um carro popular (Empresário avesso à tecnologia).

Fonte: Anderson Paulo - Redial Assessoria Contábil

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